quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Cras, Creas e o atendimento a crianças e adolescentes

do Portal Pró-Menino


(Arquivo)
O compartilhamento de responsabilidades previsto pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas) vem sendo organizado, a nível municipal, em torno de duas instituições: o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas). O primeiro desenvolve atividades básicas, de caráter preventivo, e o  segundo está ligado a  ações de maior complexidade, como o atendimento a adolescentes em conflito com a lei.

Com a criação dessas instituições, o investimento público aumenta na área social dos municípios. E, em alguns casos, as melhorias são rapidamente observadas. O principal ganho com a criação do Creas no município de Assis (SP), por exemplo,  foi uma efetividade maior dos encaminhamentos, segundo especialistas da área de direitos de crianças e adolescentes. “Antes ocorriam os encaminhamentos, mas às vezes não tinha uma resolutividade. Além disso, as parcerias ficaram mais ativas”, conta Ana Lucia, coordenadora da Associação Filantrópica Nosso Lar, ONG que trabalha com projetos de execução de medidas socioeducativas de adolescentes em conflito com a lei (Liberdade Assistida - L.A. e prestação de serviços à comunidade).

O município de Açailândia (MA) conta atualmente com três Cras e um Creas. O Conselheiro Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente Eduardo Hirata também aponta a agilidade no atendimento com um dos pontos positivos dessas novas instituições. “Desburocratizou-se um pouco o processo de uma demanda. O serviço todo ganhou também um pouco mais de qualidade, um pouco mais de cidadania, quebrando devagar o paradigma do assistencialismo, da fase da primeira dama”, diz Eduardo.

Outro avanço na garantia dos direitos infantojuvenis com a implementação do Suas tem sido a diferenciação sobre o que é papel dos Conselhos Tutelares e o que é papel da assistência social. “Quando era situação de abrigamento, a gente mesmo procurava abrigo. Hoje não. Chega uma situação de criança que tá sofrendo maus tratos, a gente liga no Cras, automaticamente e eles ,por meio da rede de atendimento Butantã, procuram uma vaga para aquela criança. Afinal, o papel do Conselho Tutelar é requisitar. Quando existe um problema, a gente identifica a quem pertence esse problema e encaminha”, explica Luis Antonio Lopes, conselheiro tutelar do bairro do Butantã em São Paulo (SP).
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